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O encontro foi realizado no auditório da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Brasília, na noite desta terça-feira (24). Entre os presentes estavam o secretário de Administração Pública do Distrito Federal, Wilmar Lacerda, o presidente do PT-DF, Roberto Policarpo, e o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF), líder do governo na Câmara Legislativa.
Durante o encontro, Delúbio falou sobre as acusações apresentadas ao STF. "O que houve foi pagamento de dívidas eleitorais que as direções regionais e os partidos aliados trouxeram e que o Partido dos Trabalhadores, durante uma reunião, pediu uma solução. Deu errado, deu essa confusão toda", argumentou Delúbio.
"Não é caixa dois clássico. Era dinheiro com origem para pagamento de dívidas identificadas", completou o ex-tesoureiro do partido.
Segundo ele, a engenharia financeira montada para quitar dívidas de aliados deu errado. Ele negou que o partido tenha corrompido parlamentares.
Delúbio afirmou que a direção do PT o autorizou a captar recursos para quitar dívidas da campanha de 2002. Sem "lastro" para captar R$ 60 milhões, ele disse que recorreu às empresas do publicitário Marcos Valério, que fizeram empréstimos e os repassaram ao ex-tesoureiro.
De acordo com o petista, os empréstimos teriam ocorrido por meio da empresa DNA, porque o PT "não tinha lastro financeiro para fazer o aporte". Ele disse ainda acreditar que a prática de caixa dois acontece com frequência porque o sistema eleitoral é falho e deve ser reformado.
O advogado que defende Delúbio Soares no processo que corre no STF, Pedro Paulo, defende que o a acusação "cabível" seria "eleitoral por dívidas não contabilizadas".
"Mas esse crime prescreveu, no prazo de 180 dias a partir da prestação de contas. Como não teve base legal para fazer a acusação contra o PT, foi criada essa metamorfose ambulante denominada mensalão", alega.
"Mas esse crime prescreveu, no prazo de 180 dias a partir da prestação de contas. Como não teve base legal para fazer a acusação contra o PT, foi criada essa metamorfose ambulante denominada mensalão", alega.
"Testemunhas foram ouvidas sem o acusado presente. Isso é uma arbitrariedade", reforçou Pedro Paulo.
O presidente do PT-DF, Roberto Policarpo, que ficou sentado na mesa junto a Delúbio Soares, defendeu que as acusações se referem a algo que acontece em todos os partidos, pois os mesmos precisam contrair dívidas para as campanhas.
Policarpo também parabenizou o ex-tesoureiro. "Você orgulha o PT. O processo não é contra Dirceu, Delúbio, é contra o PT, é um processo de disputa de hegemonia", disse o dirigente.
Policarpo também parabenizou o ex-tesoureiro. "Você orgulha o PT. O processo não é contra Dirceu, Delúbio, é contra o PT, é um processo de disputa de hegemonia", disse o dirigente.
Já o secretário de Administração Pública do GDF, Wilmar Lacerda, falou sobre as dificuldades que teve para quitar as dívidas do PT em 2003. Segundo ele, o suposto Mensalão fez muitos petistas, incluindo o militante José Genoino, ficarem com vergonha de sair às ruas. "Mas o PT deu a volta por cima", reforçou Wilmar.
O deputado Chico Vigilante defendeu a organização do evento. "Não é um ato de afronta ao Supremo. Os jovens têm o direito de ouvir a versão do Delúbio. É um ato importante para que ele explique a situação. Eu o conheço desde a fundação do PT. Percorri, durante 15 dias, o estado de Goiás inteiro divulgando a CUT", lembrou o parlamentar.
"No fim tudo dá certo, e se não der certo é porque ainda não chegou ao fim"
Delúbio chegou ao auditório por volta das 19h20. Bem-humorado, ex-tesoureiro do PT cumprimentou os participantes, um a um, e recebeu o apoio de militantes, que o ovacionaram com o grito "Delúbio, guerreiro, do povo brasileiro". Os organizadores do encontro também distribuíram a revista de 78 páginas intitulada Defesa de Delúbio no STF.
Delúbio chegou ao auditório por volta das 19h20. Bem-humorado, ex-tesoureiro do PT cumprimentou os participantes, um a um, e recebeu o apoio de militantes, que o ovacionaram com o grito "Delúbio, guerreiro, do povo brasileiro". Os organizadores do encontro também distribuíram a revista de 78 páginas intitulada Defesa de Delúbio no STF.
O ex-tesoureiro estava sorridente e bem-humorado, como de hábito, e, descontraído, chegou a fazer piada ao ser avisado de que teria 20 minutos para falar.
"Militantes antigos do PT costumam fazer discursos longos. O que eu gosto é de ouvir militantes mais jovens, que não costumam demorar", brincou, provocando gargalhadas. Ele pediu que os militantes não entrem em discussões agressivas com ninguém por conta do mensalão.
"Militantes antigos do PT costumam fazer discursos longos. O que eu gosto é de ouvir militantes mais jovens, que não costumam demorar", brincou, provocando gargalhadas. Ele pediu que os militantes não entrem em discussões agressivas com ninguém por conta do mensalão.
O evento acabou às 22h30, momento em que Delúbio Soares tirou fotos com os militantes, que exibiram uma faixa com a mensagem "No fim tudo dá certo, e se não der certo é porque ainda não chegou ao fim".
O ato em defesa do ex-tesoureiro do partido estava inicialmente marcado para ocorrer na sede do PT. Segundo Andreza Xavier, da Juventude do partido, a preferência pelo auditório da CUT ocorreu porque ali foi possível instalar um telão e caixas de som na área externa.
O ato em defesa do ex-tesoureiro do partido estava inicialmente marcado para ocorrer na sede do PT. Segundo Andreza Xavier, da Juventude do partido, a preferência pelo auditório da CUT ocorreu porque ali foi possível instalar um telão e caixas de som na área externa.
Expulso do partido em 2005, o ex-tesoureiro voltou ao quadro partidário no começo de 2011.
Assessoria de Imprensa, com informações de agências.
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