Deputa Érika Kokay (PT-DF) - Foto: Richard Casas/PT
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Deputada Érika Kokay (PT-DF) abordou, em entrevista, os desafios para combater a violência social
A vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Érika Kokay (PT-DF), fez um chamamento à população em que segundo ela, homens e mulheres não podem se deixar levar pela ótica do consumismo e perderem os valores adquiridos dentro da família, dando vasão a práticas que levarão ao colapso.
“Nós não fechamos os ciclos, quem não domina seu passado tem dificuldade pra dominar também o seu futuro porque você não fecha os ciclos, então você fica convivendo na nossa contemporaneidade com pedaços da escravidão, com pedaços do colonialismo, com pedaços da ditadura, a ditadura que não colocou só as pessoas numa sala escura de tortura, mas colocou o imaginário de nação numa sala escura. Ela desencarnou, desumanizou, e esse desafio de romper a lógica da desumanização está dado hoje numa etapa que eu diria que a mão invisível do mercado invade a cidadania da intimidade e captura desejos, captura sonhos em uma sociedade onde o mercado diz: consuma pra eu te valorizar, mas não dá o direito de consumir. Há a necessidade de romper com outras fomes que nós temos, nós temos fome de pão e essa está ficando pra trás pela ação do presidente Lula e pela ação da presidenta Dilma Rousseff, nós temos fome de paz, nós temos fome de justiça, nós temos fome da lógica de encarar o outro como ser humano igual em direitos embora sejamos tão diferentes na forma como amamos, na forma como somos, na forma como nós nos posicionamos na vida. Então, eu penso que o desafio da humanização ele é absolutamente fundamental, não tem sentido uma sociedade onde nós temos medo das noites, das ruas, de não voltar pra casa, inclusive essa mulheres vítimas de violência, das crianças vítimas de violência”.
Erika Kokay destaca os programas do Governo Federal, lançados pela presidenta Dilma Rousseff, como o Brasil Carinhoso e salienta o programa que está sendo preparado pelo governo para defender e proteger crianças e adolescentes. A parlamentar também comentou a aprovação da PEC do Trabalho Escravo.
“Em breve serão lançados o Brasil Que Protege, o Viver Sem Limite. Ao lançar o enfrentamento à pobreza extrema trabalha com uma lógica de resgatar a humanidade que está em risco nesta etapa da nossa história, porque eu diria que a gente vive de certa forma um dilema shakespeariano de ‘se ou não ser’. Portanto, a comissão da verdade significa o quê? Mergulhar na nossa história pra poder fechar os ciclos, tirar a ferocidade de uma ditadura que se mede também por quanto ela ainda está no nosso cotidiano, significa a gente conhecer a nossa história pra que nós possamos enfim inaugurar um processo de justiça absoluta e a PEC do trabalho escravo vem na mesma linha. A PEC do trabalho escravo, a CPI da exploração sexual, o enfrentamento do tráfico de pessoas, a violência contra a mulher, isso que está em curso na Câmara e no Congresso são absolutamente fundamentais pra que nós possamos romper essa desumanização. Penso que, quando nós vimos por exemplo, pessoas em situação de rua serem assassinadas, aqui em Brasília duas delas foram queimadas, eu penso que antes de se riscar o fósforo elas foram desumanizadas simbolicamente. Submeter um trabalhador à condição análoga a da escravidão é desumanizá-lo, submeter uma criança a lógica de exploração sexual, de violência sexual não respeitando a fase peculiar do desenvolvimento da sua sexualidade, seus direitos sexuais, humanos, também é desumanizá-la. Então há um desafio de romper a lógica da desumanização, resgatar os espaços pra vivência das identidades, romper umas cultura de espetacularização que está em curso”.
(Ana Claudia Feltrim – Rádio TVPT)
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