Mais de 70 mil chegam para Marcha das Margaridas Quatro anos após a última Marcha das Margaridas, as trabalhadoras rurais voltam às ruas nesta quarta-feira (17) para rejeitar e protestar contra as desigualdades sociais, denunciar todas as formas de violência, exploração e dominação, e avançar na construção da igualdade para as mulheres. A estimativa dos organizadores é que mais de mil ônibus e 70 mil mulheres invadam a capital federal entre esta terça e quarta-feiras. ‘Desenvolvimento social com justiça, autonomia, igualdade e liberdade’ é o lema da quarta edição da Marcha. O dia de hoje se destina à concentração das caravanas no Parque da Cidade, e, na quarta-feira, terá vez a caminhada, que, a partir das 8h, seguirá por cerca de três quilômetros do local da concentração até o Congresso Nacional, via Eixo Monumental. A programação em frente o congresso terá início às 10h. Integra a Marcha uma programação de eventos comemorativos e debates. O evento é promovido pela Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura) em parceria com entidades da sociedade civil, como sindicatos e organizações não governamentais. Embora se encerre com a programação em Brasília, a agenda da Marcha é precedida de atos políticos em todas as regiões brasileiras, onde as caravanas de delegações de trabalhadoras se reúnem e iniciam a caminhada rumo ao Planalto Central. Uma exposição fotográfica, com o tema “Mulheres do campo e da floresta tecem um novo amanhecer”, integra a programação, que pode ser vista no Hall da Taquigrafia, no Anexo II da Câmara dos Deputados, nos dois dias do evento. A marcha é uma ação estratégica das mulheres do campo e da floresta para conquistar visibilidade, reconhecimento social, político e cidadania plena. Em suas edições anteriores, nos anos 2000, 2003 e 2007, o movimento se consolidou como a maior mobilização de mulheres trabalhadoras do país e instrumento de luta contra a fome, pobreza e a violência. A mobilização ganhou esse nome em homenagem à líder sindical Margarida Maria Alves, brutalmente assassinada por usineiros da Paraíba 28 anos atrás, em 12 de agosto de 1983. A marcha é coordenada pelo Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, composto pela Contag, 27 Federações (Fetag’s) e mais de quatro mil sindicatos. A programação da marcha se estende por dois dias, com abertura das atividades nesta terça-feira (16). Nas três edições anteriores, nos anos 2000, 2003 e 2007, a marcha se consolidou como a maior mobilização de mulheres trabalhadoras do país, como instrumento de luta contra a fome, pobreza e a violência sexista. EIXOS TEMÁTICOS 2011 - Biodiversidade e democratização dos recursos naturais-bens comuns: Terra, água e agroecologia - Soberania e segurança alimentar e nutricional - Autonomia econômica, trabalho, emprego e renda - Saúde pública e direitos reprodutivos - Educação não sexista, sexualidade e violência - Democracia, poder e participação política CONQUISTAS DAS MARGARIDAS - Documentação, acesso à terra, apoio às mulheres assentadas e políticas de apoio a produção na agricultura familiar. - Criação do Programa Nacional de Documentação da Mulher Trabalhadora Rural – PNDMTR - Normas para efetivar o direito das trabalhadoras rurais ao Programa Nacional de Reforma Agrária, dentre elas a prioridade às mulheres chefes de família. - Criação do crédito de instalação para mulheres assentadas - Declaração de Aptidão ao Pronaf em nome do casal - Apoio para a realização de Feiras para comercialização dos produtos dos grupos de mulheres - Manutenção da aposentadoria das mulheres aos 55 anos - Implementação do Projeto de Formação de Multiplicadoras(es) em Gênero, Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos em convênio com o Ministério da Saúde - Criação da Coordenadoria de Educação do Campo no MEC. - Campanha Nacional de Enfrentamento a Violência contra as Mulheres do |
terça-feira, 16 de agosto de 2011
4ª MARCHA DAS MARGARIDAS
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